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abordagens tecnológicas terapêuticas - retina

ABORDAGENS TECNOLÓGICAS TERAPÊUTICAS

RETINA

  

"O implante visual... é como pedir a um telefone celular funcionar debaixo da água..."

Dr. Thomas Edwards

 

 

Uma prótese visual também chamada de “retina artificial" ou popularmente conhecida como “olho biônico”, é um dispositivo ocular experimental destinado a restaurar a visão funcional em pessoas com cegueira adquirida parcial ou total.

Dada a falta de tratamentos eficazes, vários laboratórios estão utilizando a tecnologia microeletrônica para desenvolver uma prótese que tem como alvo a retina.

As doenças da retina são causas mais comuns de cegueira adquirida como por exemplo, a retinose pigmentar e a degeneração macular relacionado à idade (DMRI). As pessoas com essa condição, apesar da perda de sensibilidade à luz, têm o restante da parte da visão ainda funcional, permitindo que os dispositivos elétricos forneçam informações visuais efetivas e significativas ao cérebro por meio de sistemas de eletrodos, portanto, são os melhores candidatos ao tratamento.

Nas últimas décadas, muitas pesquisas se baseavam em estimulação elétrica dos neurônios em diferentes lugares do olho até o sistema nervoso central e hoje se concentram em 3 localizações de implantes visuais: retina, nervo óptico e córtex.

No entanto, devido à complexidade da estrutura do olho humano, está sendo um grande desafio para os desenvolvedores de circuitos implantáveis, ​​porque há um espaço mínimo disponível neste órgão para colocar próteses visuais, razão pela qual elas são posicionadas sobre ou dentro do olho, estes por sua vez, precisam ser imobilizados de forma eficaz para evitar danos causados ​​pelos movimentos oculares.

Apesar de ter tido um progresso notável desde a primeira demonstração, esses dispositivos são objetos de estudos considerados os mais longos da história em testes clínicos. Com as experiências, foram comprovados que podem reverter a cegueira parcial dos usuários, mas ainda não é possível enxergar cores e nem dar visão àqueles que nunca foram capazes de ver antes. A maioria das tecnologias de olho biônico que estão sendo estudadas requer um nervo óptico saudável e um córtex visual desenvolvido – ou seja, os pacientes precisam ter sido capazes de ter enxergado no passado para que esses dispositivos funcionem com sucesso. Em todos os casos, os usuários dessa tecnologia devem aprender a entender e interpretar esses flashes de luz e padrões visuais.

Atualmente poucos pacientes passaram por estes procedimentos aprovados pelos órgãos reguladores e, portanto, a maioria dessas próteses estão em fase de experiência em modelos animais. 

 

TIPOS DE IMPLANTES VISUAIS

Antes de nos aprofundarmos em como um implante visual pode funcionar, é útil ter uma compreensão básica de como funciona uma visão saudável. Para saber mais detalhes sobre a anatomia do olho humano, clique aqui.

 

1. IMPLANTE DA RETINA

A retina é o primeiro tecido nervoso na rede visual que gera sinais elétricos e, portanto, é um órgão muito estudado para ser implantado cirurgicamente com eletrodos.

Os implantes de retina se baseiam em um chip, permitindo apenas uma restauração rudimentar da visão e esses dispositivos geralmente incluem 2 componentes que são:

  • externo: óculos, computadores minúsculos e fontes de alimentação;

  • interno: composto de eletrodos ou microchips. 

 

Nos últimos anos, foram criados diversos modelos de olhos biônicos e também testados em diferentes áreas-alvo da visão que são:

 

A) Implante Epirretiniano

Projetados para serem colocados na frente da retina, esses dispositivos funcionam por meio de óculos com câmera que transmitem imagens ao nervo óptico que está conectado ao cérebro. Assim como com um implante coclear, o procedimento é cirúrgico: um eletrodo é primeiramente implantado na retina do olho e os óculos são conectados com o eletrodo. mas também lhes dá confiança suficiente para retomar a vida cotidiana. 

Implante Epirretiniano

B) Implante sub-retiniano

Nesse caso, são colocados atrás da retina, ou seja, o procedimento seria colocar um chip na retina. Este chip é alimentado por meio de uma caixa atrás da orelha. Os implantes sub-retinianos nem sempre requerem óculos especiais: o chip converte as imagens que chegam pelo olho em sinais elétricos e este por sua vez, passam pelo nervo óptico para o cérebro. 

Essa técnica seria teoricamente a mais fisiológica de todos os implantes estudados, atuando no início da via óptica, o que permite que o estímulo se inicie no primeiro neurônio.

Implante sub-retiniano

2. IMPLANTE DO NERVO ÓPTICO 

Este tipo de prótese visual consiste em eletrodos implantados diretamente no nervo óptico. O procedimento seria implantar com eletrodos específicos enrolados – chamado de manguito – ao redor desse nervo para estimular eletricamente esse órgão e produzir percepções visuais. No entanto, esses eletrodos são rígidos e podem se mover, fazendo com que a estimulação elétrica das fibras nervosas se torne instável. 

implante do nervo óptico

3. IMPLANTE CORTICAL 

Vários grupos ao redor do mundo estão tentando fazer implantes que possam ser conectados diretamente com a área do cérebro responsável pela visão, o córtex visual, isto é, não são colocadas perto da retina. O procedimento geralmente é composto de uma mini câmera em óculos que envia informações visuais para o cérebro. Os benefícios potenciais de implantar um dispositivo no cérebro é que ele contorna o olho doente e pode tratar várias causas de cegueira adquirida. 

Implante cortical

CONCLUSÃO

Apesar de que sistema visual seja extremamente complexo, a visão fornecida pelo olho biônico parece coisa de ficção científica, mas eles não são apenas reais, eles continuam melhorando. Embora esteja longe de ser a de um olho natural, estes sistemas já mostraram alguns resultados promissores e, nos próximos anos, provavelmente veremos avanços significativos em outros sistemas protéticos visuais à medida que a tecnologia cirúrgica e de reabilitação melhorarem. 

No entanto, como acontece com a maioria dos avanços científicos, requer muito tempo e estudos clínicos, que também precisam de envolvimento de uma equipe multidisciplinar de especialistas em uma ampla gama de áreas: engenheiros elétricos e biomédicos, oftalmologistas, cientistas da visão, clínicos e cirurgiões, bem como físicos, fisiologistas, engenheiros de materiais e cientistas da computação e, portanto, necessita muito dinheiro para tornar realidade. 

Outro quesito que alonga o processo: a biocompatibilidade com a tecnologia dos eletrodos e os efeitos do implante de retina a longo prazo, um fato que também não são conhecidos. 

Acredita-se que futuras pesquisas sobre o olho biônico tragam dispositivos mais precisos do que os atuais, oferecendo esperanças de que uma segunda visão seja alcançável. 

Fontes

Nature Portfolio

NCBI

Retina Today

Ushersyndroom

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SOBRE ABORDAGENS TECNOLÓGICAS TERAPÊUTICAS - RETINA -
EM PESSOAS COM SÍNDROME DE USHER E/OU RETINOSE PIGMENTAR INDEPENDENTE DO GENE

21 DE NOVEMBRO DE 2022

ANUNCIANDO O OLHO DA CIÊNCIA

 

Uma equipe de pesquisa da Science anunciou a criação de seu principal programa, Science Eye, que visa desenvolver uma prótese visual para pacientes com retinose pigmentar e degeneração macular seca relacionada à idade. Nesta abordagem combinatória, as células do nervo óptico serão modificadas através de terapia genética para torná-las sensíveis à luz, enquanto um display microLED será inserido diretamente sobre a retina. Esperamos que as imagens detectadas pelo display microLED estimulem as células do nervo óptico e potencialmente se traduzam em uma forma de visão para pacientes que, de outra forma, poderiam ficar cegos.

 

O que isto significa para a síndrome de Usher: Esta investigação foi conduzida apenas em modelos animais, nomeadamente coelhos, até agora. No entanto, o objetivo é demonstrar dados de segurança suficientes para obter aprovação para ensaios clínicos em humanos e, um dia, um produto que possa ser utilizado em pacientes que enfrentam cegueira por RP, incluindo pacientes com Usher.

 

Fonte: Science

 

12 DE ABRIL DE 2022

O ULTRASSOM NOS DEU NOSSAS PRIMEIRAS FOTOS DE BEBÊ. PODE TAMBÉM AJUDAR OS CEGOS A VER?

Atualmente, há uma necessidade não atendida de tecnologias para tratar a perda de visão devido à degeneração dos fotorreceptores. Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) tiveram uma nova ideia: estão testando a tecnologia do ultrassom para estimular os nervos oculares. Em fase de experiência com ratos cegos, perceberam que a estimulação deste aparelho pode substituir os impulsos elétricos dos implantes da retina feitas cirurgicamente. No caso, o usuário apenas usaria um aparelho de ultrassom adaptado (semelhante ao que usam para observar bebês ainda não nascidos) que fará o envio das ondas sonoras para a retina que causa pressão estimulatória.   

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: Esta pesquisa ainda está nos estágios iniciais, mas pode se tornar uma opção terapêutica viável para a perda de visão que não requer cirurgia. Atualmente, os pesquisadores estão realizando estudos com modelos animais, mas podem expandir para ensaios clínicos em humanos no futuro.

Fonte: Sciencedail

 

 

15 DE FEVEREIRO DE 2022

DISPOSITIVO AUSTRALIANO QUE DÁ VISÃOAOS CEGOS É ACELERADO NOS EUA

 

A Bionic Vision Technologies, uma empresa da Austrália, criou o primeiro olho biônico do mundo que pode restaurar a visão parcial e funcional de pessoas que perderam a visão devido à retinose pigmentar (RP). Nos Estados Unidos, esse olho biônico recebeu a designação de “descoberta” pela FDA que ajudará a acelerar a revisão e avaliação do dispositivo. Essa tecnologia inclui câmeras minúsculas em óculos capazes de enviar sinais elétricos para um implante atrás do olho. A empresa publicou recentemente um estudo de 2 anos em que 4 indivíduos usaram esse dispositivo e afirmam que os participantes identificaram pontos de referência como semáforos, carros, pessoas e postes de rua. O olho biônico envolveu o trabalho do Center for Eye Research Australia, do Bionics Institute, da CSIRO's Data e da Universidade de Melbourne. A universidade recebeu US$ 1,14 milhão em dinheiro para continuar trabalhando com esse olho biônico e esperam poder criar um implante de retina para melhorar ainda mais essa tecnologia. No próximo ano, o olho biônico será testado em um estudo global.

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: A perda de visão na síndrome de Usher é causada por retinose pigmentar. Este olho biônico é direcionado a indivíduos com RP, mas os primeiros resultados sugerem que pode restaurar a visão parcial do usuário, e isso significa que os pacientes de Usher poderão se beneficiar dessa prótese.

 

Fonte: The West

 

 

29 DE OUTUBRO DE 2021

O OLHO BIÔNICO QUE PODE AJUDAR CEGOS A NAVEGAR PELO MUNDO

 

O professor Gregg Suaning trabalha há mais de 20 anos para ajudar a restaurar a visão. Atualmente, ele está desenvolvendo uma tecnologia semelhante aos implantes cocleares: um par de óculos que tem uma câmera acoplada a eles e essa câmera enviará informações visuais para o celular de uma pessoa que as processa e as envia sem fio para um microchip que é colocado cirurgicamente na retina. Este microchip então processa este sinal e envia impulsos elétricos para o córtex visual no cérebro. Um dos desafios inclui garantir que a informação visual capturada seja realmente significativa para o cérebro. Não será como uma experiência visual completa, mas deve ajudar as pessoas com perda de visão a reconhecer objetos e evitar obstáculos. Com doações recentes da Fundação Neil e Norma Hill, Suaning pode expandir sua pesquisa em relação à retinose pigmentar. Ele está trabalhando com a Universidade de Sydney, e sua nova tecnologia começará em breve os testes clínicos em humanos, onde os voluntários poderão levar o equipamento para casa.

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: A perda de visão na síndrome de Usher pode ser causada por retinose pigmentar (RP). Se comprovadamente eficaz, essa prótese em potencial pode um dia fornecer aos pacientes de Usher uma visão nova ou aprimorada que os ajudaria a ver e navegar em seu mundo.

 

Fonte: University of Syndney

 

 

12 DE MARÇO DE 2021

IMPLANTES DE RETINA DÃO VISÃO ARTIFICIAL A CEGOS

 

Pesquisadores da Ecole Polytechnique Federale de Lausanne desenvolveram um implante de retina com eletrodos para indivíduos que ficaram cegos devido à perda de células fotorreceptoras. O implante é combinado com óculos inteligentes que juntos fornecem visão artificial.

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: Se aprovado para testes e bem-sucedido em humanos, isso pode ser uma possível terapia para pessoas com Usher recuperarem algumas de suas habilidades visuais.

Fonte: Tecnologynetworks

 

 

5 DE MARÇO DE 2021

SECOND SIGHT MEDICAL PRODUCTS INC. RECEBE APROVAÇÃO DA FDA PARA O SISTEMA DE PRÓTESE DE RETINA ARGUS 2S

 

Em um anúncio da empresa Second Sight Medical Products, relatou que o FDA aprovou seu Sistema de Prótese Retiniana Argus 2s. Este é um auxílio visual destinado a auxiliar indivíduos com retinose pigmentar (RP).

O que isso significa para a síndrome de Usher: Como a perda de visão em pessoas com síndrome de Usher é causada por RP, esta é uma prótese visual que pode ser usada como terapia para estes indivíduos. Esta é uma melhoria em relação a uma prótese anterior lançada pela Second Sight Medical Products, demonstrando que os recursos visuais estão melhorando constantemente e as pessoas com perda de visão podem ter esperança de melhores recursos visuais. 

Fonte: Business Wire

 

 

4 DE DEZEMBRO DE 2020

RESULTADOS ANATÔMICOS E FUNCIONAIS DE UM ANO DO IMPLANTE ARGUS II EM PACIENTES COREANOS COM RETINOSE PIGMENTAR EM ESTÁGIO AVANÇADO: UM ESTUDO PROSPECTIVO DE SÉRIE DE CASOS

 

Neste estudo de caso e acompanhamento com treinamento especializado em reabilitação visual de 1 ano em 5 pacientes coreanos com retinose pigmentar em estágio final que receberam uma prótese de retina, Argus II foi feita uma avaliação morfológica que determinou que a colocação do implante foi bem-sucedida e próxima à superfície da retina em todos os casos, exceto um. A avaliação funcional demonstrou que todos os pacientes apresentaram melhora nos resultados em acuidade de leitura, atividades diárias e interações sociais.

 

O que isso significa para a Síndrome de Usher: O implante de retina Argus II permitiu melhorias profundas em todos os 5 pacientes. Se os acompanhamentos de longo prazo continuarem a produzir resultados promissores com pouco ou nenhum efeito adverso, os implantes de retina, como o Argus II, podem se tornar uma solução para melhorar a visão funcional e a mobilidade para pacientes de Usher com RP em estágio avançado.

 

Fonte: Karger

 

 

3 DE OUTUBRO DE 2020

PRÓTESE DE RETINA NR600: SEGURA COM RESULTADOS VISUAIS PROMISSORES

 

Os resultados do estudo de Fase I para o Implante NR600 parecem mostrar que esta prótese de retina é segura para pacientes com retinose pigmentar (RP) em estágio final.

Este estudo está sendo realizado na Bélgica, Itália e Israel e envolverá 18 meses de acompanhamento. Perceberam que esses pacientes ganharam algumas capacidades visuais após serem implantados. O NR600 é um implante que não utiliza fios: ele usa a ótica natural do olho e os sinais da retina para ajudar a dar visão ao paciente. Há também óculos que dão ao implante NR600 potência e comunicação por meio de laser infravermelho. Esta prótese usa eletrodos que estimulam qualquer célula saudável da retina no olho. Dois pacientes com RP que receberam o NR600 demonstraram em 6 meses de acompanhamento que podiam reconhecer estímulos visuais quando a prótese foi ativada. Eles recuperaram a capacidade de visão espacial, orientação e mobilidade.

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: Como a perda de visão da síndrome de Usher é causada por retinose pigmentar, essa prótese pode ser uma terapia potencial para ajudar a recuperar um pouco da visão. Isso ainda está nas fases iniciais e os pesquisadores ainda estão estabelecendo a segurança e a eficácia da prótese, mas essa pode ser uma possível solução para ajudar os indivíduos com RP a recuperar a visão.

Fonte: Modern Retina

 

 

26 DE SETEMBRO DE 2020

LAMBDAVISION ESTUDARÁ PROTEÍNAS ATIVADAS PELA LUZ NO PRÓXIMO VOO DA NASA PARA A ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL

 

A LambdaVision, uma empresa de biotecnologia que está desenvolvendo um tratamento para ajudar os pacientes a recuperar a visão, lançará sua tecnologia de retina artificial com o parceiro de engenharia Space Tango na 14ª Missão de Serviços de Reabastecimento Comercial da Northrop Grumman para a NASA (NG-14) para a Estação Espacial Internacional (ISS) Laboratório Nacional dos Estados Unidos. Programado para ser lançado em 30 de setembro às 22h26 ET, o NG-14 é o primeiro de uma série de voos da NASA para a ISS em órbita baixa da Terra (LEO) focado no desenvolvimento da produção em órbita da retina artificial da LambdaVision. A pesquisa da LambdaVision na ISS se concentra na exploração dos benefícios da microgravidade para a produção de sua retina artificial e expande a pesquisa realizada na Terra e os esforços anteriores na ISS. Estudos iniciais avaliarão os efeitos da microgravidade na função e estabilidade da proteína, o que é crítico para a qualidade e desempenho da retina artificial. Os resultados deste experimento fornecerão uma base para futuros testes baseados em ISS. Nos próximos 3 anos, a parceria LambdaVision-Space Tango servirá para avaliar e melhorar os processos de produção em órbita e produzir retinas artificiais que serão avaliadas na Terra.

O que isso significa para a síndrome de Usher: As retinas artificiais destinam-se a indivíduos que perderam a visão devido a células fotorreceptoras degeneradas, mas ainda possuem células nervosas retinianas funcionais ou intactas e nervos ópticos. Se a abordagem exclusiva da LambdaVision para a produção em órbita fornecer com sucesso retinas artificiais de alta qualidade e alto desempenho, os pacientes de Usher poderão um dia recuperar parte de sua visão.

 

Fonte: Business Wire

26 DE SETEMBRO DE 2020

IMPLANTE CEREBRAL SEM FIO PARA DAR VISÃO A CEGOS

 

Cientistas da Universidade Monash da Austrália, que passaram mais de uma década desenvolvendo um sistema de visão biônica onde os sinais de um implante cerebral sem fio são transmitidos para uma câmera montada em um par de óculos especial, estão se preparando para testes clínicos em humanos. O sistema de visão biônica Gennaris é uma solução única que contorna completamente o olho e não requer que os fios se projetem pelo couro cabeludo. Um pequeno microchip é implantado na superfície do cérebro e pode gerar 172 pontos brilhantes diferentes chamados fosfenos, a fim de fornecer pistas visuais ao usuário sobre o que está à sua frente. Esta tecnologia inovadora dentro do sistema Gennaris foi previamente testada em ovelhas, produzindo resultados muito positivos e sem efeitos colaterais perceptíveis após mais de 2700 horas de estimulação visual.

O que isso significa para a Síndrome de Usher: O sistema Gennaris destina-se a restaurar a visão limitada aos cegos, independentemente da causa. Portanto, se comprovadamente bem-sucedido, esse sistema de visão biônica será uma opção para pacientes de Usher, além daqueles com retinose pigmentar e outras deficiências visuais.


Fonte: Medgadget

 

22 DE JANEIRO DE 2020

CIENTISTAS CRIAM PRIMEIRA RETINA ARTIFICIAL ORGÂNICA

Cientistas do Instituto Italiano de Tecnologia criaram a primeira retina artificial feita apenas de materiais orgânicos: um substrato derivado de uma proteína de soja, um polímero condutor e um semicondutor. A retina foi projetada para funcionar como um painel solar, “convertendo a luz em sinal elétrico, que é transmitido aos neurônios da retina”. Como essas retinas artificiais são feitas de materiais orgânicos, elas devem ser mais compatíveis e reduzir o risco de serem rejeitadas pelo organismo após a operação.

O que isso significa para a síndrome de Usher: Este trabalho pode um dia levar a implantes de retina para tratar a perda de visão em pacientes de Usher.

 

Fonte: i-Itália  

 

 

21 DE JANEIRO DE 2020

LENTES DE CONTATO INTELIGENTES REVELADAS PELA STARTUP MOJO

 

A Mojo, uma startup, desenvolveu recentemente uma lente de contato que pode ser usada como um smartphone. O objetivo é desenvolver lentes que mostrem um menu e opções quando você quiser e oculte-as quando não quiser. Essas lentes não seriam apenas funcionais com opções inteligentes, mas também poderiam ser ajustadas com a prescrição do paciente. O objetivo dessas lentes é fornecer assistência na mobilidade e leitura para pessoas com deficiência visual. Os testes clínicos dessas lentes serão realizados em Palo Alta no Centro Vista para Cegos e Deficientes Visuais e serão focados em pacientes que sofrem de retinose pigmentar e degeneração macular.

O que isso significa para a síndrome de Usher: Esses dispositivos podem ajudar pacientes com síndrome de Usher.

Fonte: Cloudwedge

 

22 DE OUTUBRO DE 2019

POLÍMEROS PROMETEM UMA RETINA ARTIFICIAL MAIS FLEXÍVEL

 

A retinose pigmentar tem como alvo as células fotorreceptoras de bastonetes e cones, mas a doença causa danos mínimos aos muitos outros neurônios da retina, que “processam sinais dos bastonetes e cones e transmitem os resultados ao nervo óptico”. Uma maneira de restaurar a visão é substituir os fotorreceptores danificados por um dispositivo que gera pulsos elétricos em resposta à luz. Através dos vários pontos do dispositivo, os pulsos podem se comunicar com os neurônios sobreviventes da retina de forma natural. Lanzani e colegas do IIT estão investigando um novo tipo de prótese de retina feita de polímeros semicondutores, uma classe de plásticos à base de carbono que podem conduzir eletricidade da mesma forma que os microchips de silício.

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: Os pesquisadores estão desenvolvendo novos tipos de próteses que substituirão os fotorreceptores danificados e potencialmente restaurarão a visão daqueles com RP.

Fonte: Knowable

 

 

19 DE AGOSTO DE 2019

ESTIMULAÇÃO DO NERVO ÓPTICO PARA AJUDAR OS CEGOS

 

Cientistas da Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL) na Suíça e da Scuola Superiore Sant' Anna na Itália estão desenvolvendo uma tecnologia, OpticSELINE, para cegos que estimula o nervo óptico. A ideia é produzir fosfenos, a sensação de ver a luz sob a forma de ver padrões brancos, sem ver a luz diretamente. Infelizmente, apenas algumas centenas de pacientes se qualificam para os atuais implantes de retina no mercado por razões clínicas. O eletrodo intraneural é uma solução potencial para essa exclusão, uma vez que o nervo óptico e o caminho para o cérebro geralmente estão intactos. Os eletrodos intraneurais contêm um conjunto de 12 eletrodos e são mais estáveis ​​e menos propensos a se mover depois de implantados. Para entender a eficácia dos eletrodos, os cientistas forneceram corrente elétrica ao nervo óptico através do OpticSELINE e mediram a atividade do cérebro. A estimulação mostrou que cada eletrodo induz um padrão especial de ativação cortical, sugerindo que a estimulação intraneural do nervo óptico é seletiva e informativa.

O que isso significa para a síndrome de Usher: tecnologias mais recentes, como a OpticSELINE, estão sendo desenvolvidas como possíveis soluções para ajudar os cegos a enxergar. Pode levar algum tempo e vários ensaios clínicos para ajustar esses padrões corticais estimulados, mas como estão agora, os sinais visuais gerados pelo OpticSELINE serão capazes de fornecer auxílio visual em um futuro próximo.


Fonte: Sciencedaily  

 

 

15 DE JULHO DE 2019

IMPLANTE NEURAL ENVIA ALIMENTAÇÃO DE CÂMERA PARA O CÉREBRO DE CEGOS

 

Quando uma pessoa fica cega, o córtex visual do cérebro normalmente não está danificado, mas não está recebendo informações dos olhos. Seis pessoas cegas agora tiveram sua visão parcialmente restaurada graças ao Orion, um novo dispositivo que alimenta imagens de uma câmera diretamente no cérebro. O dispositivo Orion tem duas partes principais: um implante cerebral e um par de óculos. O implante é composto por sessenta eletrodos que recebem informações de uma câmera montada nos óculos. Juntos, eles entregam informações visuais ao cérebro; assim, ignorando o olho.

O que isso significa para a síndrome de Usher: Este sistema pode fornecer visão em pacientes com síndrome de Usher que são completamente cegos.

Fonte: Futurism

 

 

8 DE JANEIRO DE 2019

O PRIMEIRO PACIENTE SURDOCEGO NA RÚSSIA COM SISTEMA DE PRÓTESE DE RETINA ARGUS II: O QUE ELE VÊ E POR QUE

 

Neste estudo de caso, em um paciente surdocego com a prótese de retina, Argus II, foi proposto um novo método para avaliar os resultados com base nos tamanhos dos fosfenos. Além disso, também foi aplicado a metodologia de testes psicológicos e suporte e concluiu que o paciente sentiu-se mais independente, confiante e saudável.

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: Os resultados deste estudo fornecem uma melhor compreensão dos implantes de retina para pacientes com perda de visão.

Fonte: Pubmed

 

 

2 DE AGOSTO DE 2018

UMA PIONEIRA EM VISÃO BIÔNICA FAZ UMA AVALIAÇÃO POSITIVA APÓS SEU PRIMEIRO ANO COM UM CHIP DE RETINA IRIS®II

 

Depois de 1 ano desde a primeira implantação comercial do chip de retina IRIS®II na Europa; permitiu que uma paciente cega percebesse estímulos luminosos e os utilizasse para localizar objetos, o que significa que ela pode ser mais independente. Este trabalho permitiu integrar no cotidiano desta paciente a tecnologia de visão artificial, que inclui um estimulador elétrico de retina com mais de 150 eletrodos, óculos com minicâmera bio-inspirada e um processador de bolso. Para a paciente, cega por retinose pigmentar, o chip retiniano é mais uma forma de apoiá-la no dia a dia, junto com seu cão-guia e o uso de uma bengala.

 

O que isso significa para a síndrome de Usher: Existem tecnologias possíveis disponíveis para ajudar os cegos a viver e navegar de forma independente.


Fonte: Imo

 

 

Fonte geral: Usher Syndrome Coalition

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