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Dança

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Card com fundo mesclado de várias cores.
Na parte superior tem o título: DANÇA.

No centro tem imagens com silhueta de pessoas praticando dança: 
duas pessoas de cadeiras de rodas e duas pessoas em pé.

#fimdadescricao

DANÇA

A dança é a linguagem secreta da alma.

Martha Graham

 

A dança sempre fez parte da humanidade. Ela é uma forma de arte performática, é o movimento do corpo em uma ação rítmica, geralmente como expressão de emoção, para liberar energia ou simplesmente para se divertir. Esses movimentos têm também valor estético e simbólico de uma determinada cultura e ela pode ser descrita por sua coreografia, por seu repertório de movimentos, por seu período histórico ou local de origem. Hoje, a maior parte da dança é para recreação e autoexpressão, embora também possa ser praticada como uma atividade competitiva.

Os estilos de dança mudaram ao longo da história, mas a própria performance continua sendo uma das formas de arte física mais expressivas no mundo.

 

BENEFÍCIOS DA DANÇA

A dança ajuda a liberar uma grande quantidade de energia que traz múltiplos benefícios físicos, mentais e sociais.

Fisicamente, essa atividade provou ser excelente para melhorar a condição do coração e dos pulmões, além de tonificar o corpo, ajuda com a força muscular, circulação, postura, equilíbrio, coordenação e promove maior flexibilidade. Essa atividade pode realmente diminuir as chances de lesão e dependendo, pode até aliviar a dor. Talvez um benefício adicional muito útil seja que ela pode ajudá-lo a perder peso e mantê-lo em forma.

Na parte mental, a dança ajuda a ter foco, criatividade, disciplina e ao mesmo tempo, aumenta a capacidade de realizar outras atividades físicas. Dançar permite liberar emoções, expressar sentimentos, envolver concentração e resistência, reduzir o estresse e a ansiedade e, portanto, é muito indicado para quem sofre de depressão. Mais do que isso: a dança também requer habilidades cognitivas e de memória, podendo prevenir o aparecimento de demência.

Umas das características relevantes é que a dança pode ser uma atividade sociável: ela envolve outros seres humanos, melhora a sensibilidade, compreensão, apreço e consideração pelos indivíduos, tanto por suas semelhanças como por suas diferenças. Além disso, dançar envolve tocar as pessoas – segurar e girar – e o toque físico é um dos fatores extremamente importantes para a saúde.

 

DANÇA INCLUSIVA

Estudos têm demonstrado que a dança pode melhorar o equilíbrio, a postura, a marcha e a caminhada em pessoas com deficiência. Além disso, somada a música pode apoiar a expressão emocional e facilitar o bem-estar, melhorar a autoestima e até aperfeiçoar a comunicação social. 

A dança com música e ritmo pode ser integrada à reabilitação, terapia física e ocupacional para aumentar a participação e, com isto, os PCDs também experimentam uma atividade social inclusiva que pode fornecer benefícios terapêuticos.

Embora dançarinos com deficiência raramente sejam vistos em apresentações de dança profissional, a inclusão dessas pessoas oferece um meio potencial de mudar as percepções sociais sobre PCDs. 

A dança inclusiva se conceitua como uma modalidade  ao alcance de todos, que torna realidade o conceito de inclusão, integração e diversidade. Agrega e integra pessoas com e sem deficiência de diferentes idades e hierarquias. Tem como um dos pontos principais avaliar e potencializar as possibilidades de movimento de cada pessoa, do estado em que se encontra. 

Existem inúmeros projetos de dança para indivíduos com diferentes deficiências, cujos objetivos são construir uma comunidade, fazer com que se divirtam, façam terapia, melhorem seu estado físico e mental.

Geralmente, profissionais de grupos de dança inclusiva são capacitados para isso. Existe a adaptação que cada um faz ao grupo para contribuir com o desenvolvimento psicomotor e emocional dos que participam.

 

SURDOS, CEGOS OU SURDOCEGOS TAMBÉM PODEM PRATICAR DANÇA

Especialistas dizem que aprender a dançar requer todos os sentidos – não apenas audição, mas visão, tato e ritmo. É sabido que a falta de um ou mais sentidos melhora/eleva os outros, portanto, pessoas com deficiências sensoriais podem praticar dança com o apoio certo, e também, com paixão e determinação.

Existem alternativas simples e complexas que vão desde treinar os outros sentidos, até os mais sofisticados que é o uso da tecnologia assistiva. Esta substituição sensorial é uma técnica de que a ausência de um sentido é convertida em um alternativo, para ajudar pessoas surdas ou cegas a entender melhor o mundo ao seu redor.

Para saber mais detalhes, leia o texto a seguir:

 

Pessoas com perda auditiva

A comunidade surda é composta por diversas pessoas com vários níveis de perda auditiva que vêm de diferentes origens e culturas e, cada pessoa se identifica com seu próprio termo preferido. Na verdade, ela pode ser surda oralizada que tem perda parcial ou total da audição, mas que desenvolveu sua técnica vocal, ou seja, ela “fala” e geralmente usa aparelhos auditivos ou implantes cocleares. Ou no caso, ela pode ser surda sinalizada: pessoa com perda auditiva profunda e que não desenvolveu a fala e geralmente usa a língua de sinais (libras aqui no Brasil).

Mesmo que hoje em dia todos os setores da arte se esforcem para ser mais inclusivos, aprender a dançar sem dois ouvidos totalmente funcionais continua sendo um desafio. No entanto, os dançarinos com perda auditiva total e parcial estão se tornando mais visíveis, graças a oportunidades crescentes.

Dependendo de tipo de perda auditiva, sendo um usuário de aparelhos auditivos ou implantes cocleares, o dançarino surdo pode discriminar os tons graves melhor do que agudos e usar isto como boa ferramenta para dançar.

Já para surdos sinalizados, o mais eficaz é contar visualmente os passos, as técnicas, usar um sistema de som de alta qualidade e se comunicar por meio de sinais. Geralmente, as informações táteis fornecidas pela música são muito úteis: em vez de ouvir música, uma pessoa surda pode experimentá-la, literalmente sentindo as vibrações através de seu corpo e, então, consegue dançar ou, como costuma dizer, "sentir" a música.

Como outra alternativa, os surdos sinalizados também conseguem dançar sobre um piso de madeira porque este produz vibrações e sinais táteis. Por sua vez, uma grande ajuda seria dos tutores de pares, que podem modelar e dar assistência física na hora da dança.

Mas os surdos em geral, também podem optar por tecnologia assistiva: um exemplo disto é um colete sensitivo que permite que pessoas com perda auditiva sintam o som através de sua pele. O colete contém um microfone que capta o som e converte em padrões de vibração que o usuário pode sentir em seu torso. Para isto é preciso treinamento para entender quais padrões vibratórios combinam com os sons e assim acompanhar o ritmo da dança.

Para ilustrar, vejam vídeos de pessoas surdas notáveis que dançam profissionalmente:

 

Vídeo de Bailey Vincent (em inglês)

Vídeo de Lívia Magnoler, surda oralizada 

Pessoas com deficiência visual

A dança é amplamente entendida como uma das artes “visuais” e consequentemente como uma forma de expressão cultural que não pode ser apreciada diretamente por um público que não enxerga. Mas os cegos de nascença têm acesso aos aspectos essenciais que compõem a dança, incluindo o tato, os movimentos próprios e dos outros, a interação social, as emoções, o espaço, o som e o ritmo. Todos esses aspectos são acessíveis de outras maneiras além da visão apenas, embora possam se apresentar de maneira diferente se forem abordados de modo distinto do visual.

A dança, portanto, pode melhorar o movimento, a coordenação, a independência das pessoas com deficiência visual e também ajuda a aumentar suas habilidades de orientação e mobilidade.

Pessoas com baixa visão e/ou cegas podem precisar de orientação física ou acesso aos movimentos de um instrutor de dança. Para fazê-lo, o aluno necessita estar próximo ao instrutor e inicialmente ser guiado através das locomoções e para isso, o professor precisa permitir que o aluno coloque as mãos sobre ele para entender o movimento.

Saiba mais sobre uma escola brasileira de dança reconhecida mundialmente por seu método pioneiro de ensino da técnica do Ballet Clássico a deficientes visuais, desenvolvido pela bailarina e fisioterapeuta Fernanda Bianchini. Acesse este site.

 

Veja também vídeo:

Pessoas com surdocegueira

Dançar em uma coreografia costuma ser um grande desafio. Os participantes movem-se ao som da música, executam em um ritmo com uma sequência de passos. Mas o que acontece quando os protagonistas são surdocegos? Como dançar sem ver e sem escutar? 

Cada surdocego tem seu grau de perda auditiva e visual e, portanto, existem vários níveis de necessidades que requerem formas de comunicação específicas e seus métodos próprios. Em vista disso, a maioria se adapta do seu jeito para se comunicar a fim de melhorar sua capacidade de viver de forma independente. 

Assim seria em relação à dança, pessoas surdocegas que têm perda auditiva parcial ou total conseguem praticar essa atividade. Se ela for usuária de aparelhos ou implantes cocleares, pode ajustar as próteses para ouvir o som, acompanhar o ritmo e, se forem sinalizadas, podem sentir as vibrações da música dentro de si e também contar com a ajuda do parceiro da coreografia.

Com o uso da tecnologia assistiva, como foi citado acima, o colete sensitivo também pode facilitar a sentir a vibração do som e acompanhar os passos da dança de forma acessível. 

Permitir que qualquer público, ouvinte, surdo, vidente ou não, experimente a dança de forma enriquecedora é inspirador, principalmente pela questão de como a dança pode se tornar acessível e inclusiva para todos.

COMEÇANDO A DANÇAR

  • Você pode dançar em grupo, com um parceiro ou sozinho;

  • Existem muitos lugares diferentes onde você pode dançar, por exemplo, em escolas de dança, espaços sociais, salões comunitários e em sua própria casa;

  • A dança tornou-se uma forma tão popular de ser ativo e manter a forma que existem muitas redes sociais como YouTube, Tik Tok e outros que ensinam técnicas para dançar;

  • A popularidade também chegou na maioria das academias de ginástica que também oferecem aulas de dança em seus programas de exercícios em grupo;

  • A dança pode ser feita tanto competitivamente quanto socialmente. Pode ser uma ótima opção recreativa e esportiva, pois qualquer pessoa de qualquer idade pode participar. Não importa se está frio ou chovendo, pois a dança costuma ser feita em locais fechados;

  • O equipamento necessário para dançar dependerá do estilo de dança que você escolher. Por exemplo, o sapateado envolverá a compra de sapatos próprios, no entanto, muitas formas de dança não precisam de equipamentos ou calçados especiais;

  • Para começar, basta escolher um estilo que você goste ou gostaria de experimentar, procure por escolas de dança em sua área local e participe de uma aula.

 

Revisão: Telma Nunes de Luna

 

Fontes

APH

Better Health

Deaf Umbrella

DSQ

Elaine's

Frontiers

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